segunda-feira, 18 de abril de 2011

Edição completa do programa de segunda, dia 18

Destaques: desarmamento civil e ICMS para compras pela internet.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Crônica da Semana

MINI

O mundo está cada vez menor, o sol a cada dia fica mais perto, o certo é ainda muito duvidoso, o dadivoso inteiramente questionável, o renovável completamente sem conserto, o concerto lamentavelmente desafinado, o desatinado com assento no governo, o desgoverno presente em todas as tragédias, as comédias ausentes em todos os sorrisos, os incisos anulando todos os artigos, os antigos censurando os usuais comportamentos, o capotamento liderando todos os acidentes, o ocidente à frente de todas as guerras, a terra machucada pelo efeito estufa, a trufa ameaçada pelo pesticida, a pestilência avassalando as folhas, as falhas perfilando as falas, as filas fervilhando o frevo, o frívolo festejando o frio, o freio travando na curva, a curva da bola enganando o goleiro, o canteiro de obras ardendo em chamas, o chamado à paz por conveniência mouco, o louco de pedra aparentemente lúcido, o luzeiro da fé mementaneamente apagado, o explicado invariavelmente inteligível, o dirigível abruptamente desviado, o desavindo vez por outra de acordo, a corda arrebentando sempre no mesmo lado, ao acordado lugar comum um cochilo, ao quilo um grama a menos em cada peso, ao indefeso uma porta fechada para protegê-lo, ao gelo um grau a menos para tê-lo sólido, ao bólido uma cauda colorida para enfeitar o espaço, ao espesso ligeiro polimento para tê-lo leve, ao breve um dedo de prosa para fezê-lo discurso, ao decurso um minuto a mais até a eternidade, a interinidade atingindo o definitivo, o definido definhando-se em hesitações, os êxitos ameaçando a ética e a verdade, o verde interagindo com os restos e a ferrugem, a nuvem despejando até a última gota, a goteira pingando até a inundação, a mutação embelezando o feio, o recheio azedando a massa, a caça predando o caçador. A terra é um satélite da lua.  

Que tipo de arma ter em casa?

Esta pergunta pode ser a resposta ao relato do deputado Márcio Monteiro (PSDB) 


quinta-feira, 14 de abril de 2011

Edição completa do programa de 5a. dia 14

Destaques: violência nas escolas e a saúde da Santa Casa. Entrevistas com os deputados Lauro Davi (PSB) e Mara Caseiro (PTdoB). Discursos dos deputados prof. Rinaldo (PSDB) e Pedro Kemp (PT).

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Edição completa do programa de 4a. dia 13

Destaque: invasões de terra no inteiror de São Paulo e a reforma agrária no Brasil.

terça-feira, 12 de abril de 2011

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Crônica da Semana

RÉQUIEM

Eu perdi a última rodada, a estrada de repente parece ter chegado ao fim, por mim não passam sequer as menores decisões, às missões mesmo as menos relevantes meu nome não é indicado, meu lado da rua é o menos habitado, meu estado de saúde é o que exige mais cuidado, meu passado recente é o mais lamentável, instável é o clima de minha temperatura, loucura tem sido os negócios que faço, palhaço é do que me chamam quem me assiste, tristes são os meus mais alegres momentos, o fermento do meu pão é pouco, o porco do meu chiqueiro é magro, o cargo que consegui é subalterno, o terno é pequeno demais pro meu tamanho, meu banho é sem sabonete, a cotonete é reutilizada, minha fada veio de vassoura, minha tesoura não corta nem fura, minha amargura fura e corta, as portas se fecham à minha frente, a enchente levou minha casa, minha causa perdeu a razão, a ração está com prazo de validade vencido, meu vencimento acaba de ser bloqueado, meu bloco impedido de sair no próximo Carnaval, meu jornal sem o caderno B, meu BO sem o visto do escrivão, minha oração com Deus fora do lugar, meu lugar ocupado por meu mais fraco concorrente, minha semente semeada em solo estéril, os critérios mudados para me prejudicar, meu pomar irrigado pela chuva ácida, meu ácido úrico extrapolando a taxa, meu caixa  automático desativado, meus desatinos  ressaltados, meus sobressaltos ignorados, assolados meus palpites, palpitantes as necessidades mais prementes, proeminentes as dívidas impagáveis, questionáveis as quitações antigas, ambíguas as explicações recentes, coerente somente na assunção da culpa, desculpa nem pensar, dispensável só o direito de reclamar, chorar somente a dor alheia, alheado do que mais interessa, pressa só depois que acabar a corrida. Afinal, você acredita em vida depois da morte?             

sexta-feira, 8 de abril de 2011

O massacre do Rio e o desarmamento civil

Comentário feito no programa desta sexta-feira sobre a chacina de crianças no Rio de Janeiro.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Edição completa do programa de 5a. dia 7

Destaque: tarifaço da Enersul com entrevista exclusiva do deputado Marquinhos Trad.


segunda-feira, 4 de abril de 2011

Edção completa do programa de 4 de abril (2a.feira)

Destaque: comentário do caso da mulher que enfrentou os assaltantes em CG.

domingo, 3 de abril de 2011

Crônica da Semana

PRETÉRITO
 
Eu sou do tempo em que se amarrava cachorro com linguiça,  a preguiça o oitavo pecado capital, o capital  fruto exclusivo do trabalho, o alho a arma mais eficaz contra o vampiro, o tiro não saia pela culatra, a prata não era feita em casa, a asa servia apenas para voar, a voação não deixava a gente entender, o querer fazia a gente poder, o fuzuê apenas uma grande festa, a floresta uma mata fechada, a fachada um excelente chamariz, o nariz servia somente para respirar ar puro, o seguro morria de velho, o espelho refletia apenas a imagem, a viagem era ida e volta, as portas todas se abriam, sorriam todas as platéias, as coméias eram puro mel, o papel mera formalidade, a vaidade estritamente ocasional, a ocasião fazia o ladrão, o canhão decidia a guerra, a guelra a respiração do peixe, peixada só cozida e ensopada, parada somente nas manhãs de feriado, o ferido tinha vaga no hospital, o mal era cortado pela raiz, a matriz era também a filial, o filiado indicava o dirigente, o da frente da fila chegava primeiro, janeiro era o primeiro mês do ano, o anel valia tanto quanto o diploma, o aroma exalava uma fragrância perfumada, a manada não passava de bois e vacas, a faca cortava tanto quanto a fé, aférese não passava da supressão do fonema no início da palavra, palavrão ia além de um desabafo, desabar mais do que cair com um simples tropeção, tropear era apenas fazer barulho, entulho resto de construção, construtivo apenas o benfeitor, benfeitoria só a que valorizava, valoroso somente o ato de heroísmo, erotismo nada mais que o nu artístico, arteiro o menino sadio, sádico exclusivamente no cinema, dilema uma situação embaraçosa, baraço uma corda para enforcados, forcado apenas o homem que pegava touro a unha, cunha muito mais que um simples calço, falso o mesmo que  traidor. Quer saber de uma coisa?  Eu prefiro continuar naquele tempo.