domingo, 11 de setembro de 2011

Crônica da Semana

A fé move montanha, a manha remove o medo, o dedo dá a direção, a duração indica o fim, a fímbria limita o espaço, o braço alcança o limite, a liminar antecipa o mérito, o meritório leva a medalha, a palha pega fogo, o jogo dá empate, a empáfia faz o estilo, o estalo irrompe a guerra, a serra divide as terras, o terraço encerra o céu, o cio traz fertilidade, fertor antecipa festa, o festo dobra a peça, a poça empoça a chuva, a luva protege os dedos, os dados deduzem o fato, o fito é sempre vencer, o vencimento é mutável, o inimitável é original, a origem é duvidosa, o dadivoso não tem dúvida, o endividado não faz conta, canta quem é afinado, finado não volta atrás, atrasa quem perde a hora, era quem tem boiada, bóia quem não sabe, sobe quem tem fôlego, resfolega o que tem ar, arrepia quem tem pelo, pela quem tem roupa, ripa quem tem razão, rasa quem tem volume, avoluma quem tem decibéis, decisão toma quem pode, ao pódio assoma quem vence, vencido não autoriza, aterroriza quem tem bomba, bomba quem tem bombacha, acha o que não se perdeu, pede o que não sabe mandar, mama quem chora mais, faz a paz quem dá a mão, manuscrito enfeita a letra, aletrado tira de letra, letrista vitaliza a canção, o cancão canta sua sorte, o sortido mata a fome, a fama escreve o nome, a nomeada arruma a cama, o coma anula o sentimento, o sentinela dorme no posto, o pasto engorda o bicho, o baixo eleva o ritmo, o rito enleva a fé, a febre releva a dor, o dorido entristece, o entrincheirado se defende, o defeito se estende, o estandarte tremula o civismo, a civilidade estimula o respeito, o respanço impõe o temor, o tremor prenuncia o trauma, a trama pronuncia o caos, o caso encurta a história, a vitória encarta a causa, a coisa acata o casuísmo, o casual encaixa o previsto, o previver insere o passado, a passagem prefere o atalho, o entulho pretere a reciclagem, o recidivo dispensa apresentação, a presunção prescinde de provas, a provação paga a pena, penumbra não apaga a luz, luzidez não é isenta, pimenta não é refresco, refrega não é derrota, derrogação não anula, a mula não é burra, a surra ensina a chorar, o choro anima a dançar, dança quem desafina, desafia o que domina, denomina quem tem nome, nômade um dia cansa, esperança não tem pressa, presságio não tem data, dito não tem lógica, logo eu tenho nexo.                    

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