terça-feira, 20 de setembro de 2011

Crônica da Semana

O homem grita e vocifera, a fera uiva e urra, a surra machuca e ensina, a sina submete os desejos, o ensejo faz a festa, a fresta mostra o mundo, a imundície esconde a cor, a cora branqueia o fato, a foto matiza o cinza, as cinzas geram a fênix, o feno compensa a seca, a cerca dá o limite, o limiar é o fim da busca, o busca-pé dá as boas vindas, o vindicante vinga o atentado, a tentação conduz ao pecado, o pé-quente traz bons fluidos, a fluência confere bons negócios, a negaça leva à sedução, o sedento vai à fonte, a fronte apara o choque, o cheque quita a conta, o contato conta a química, a mímica ameniza o gesto, o gestor harmoniza o modelo, o modem moderniza o meio, os meios minimizam o fim, o sim inferniza o não, o grão insemina o solo, o polo acumula o gelo, o giló concentra o sabor amargo, a amargura desafia a felicidade, as felicitações rompem a barreira da aversão, a versão relativiza a verdade, o verde monopoliza a folha, a falha não interrompe a fila, a filigrana não altera o conteúdo, o manteúdo não sabe quanto custa, a custódia não protege a alma, a arma não protela a morte, a sorte não marca hora, a oração invoca o milagre, o vinagre saboreia a salada, a salacidade é caminho andado para a perdição, o perdão é a chave da remissão, o reminado rema contra a maré, o mareante ruma ao porto seguro, o muro garante a posse, o poço mitiga a sede, a rede balança o sono, o sonho vira pesadelo, o pesar retira um peso, o piso estira o passo, o passivo passa em branco, o banco cobra o juro, a jura quebra quem faz, a fazenda cose a linha, a lenha coze o pirão, o porão esconde a arca, a marca é a diferença, a deferência é o que mais marca, a marcação segura o jogo, o jugo impõe o poder, a poda fecunda o novo, o ovo produz a ave, a nave conduz o amanhã, a manha aduz vantagem,  voragem reluz prazer, o prazo está esgotado, o esgoto contaminou o rio, o riso contagiou a platéia, a alcatéia dispersou os lobos, o lobby dispensou o lucro, o lacre derramou o líquido, a liquidação queimou o estoque, o estoque venceu o duelo, o dueto rompeu o tédio, o remédio curou a gripe, o grampo gravou as vozes, as nozes a nós não serviram, o servo sorveu o amo, o amorfo ganhou forma, a forma queimou o bolo, o bule ferveu o chá, o chato pagou o pato, o pito queimou o fumo, a fama subiu à cabeça e quebrou a cabaça.                 

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