quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Empregados em indústrias querem 5% de antecipação salarial



Eles reclamam que perderam com a inflação e que em janeiro terão que pagar IPTU, IPVA, matrículas e materiais escolares...



Wilson Aquino*

Empregados em indústrias de alimentação e frigoríficos de Mato Grosso do Sul querem um adiantamento salarial de 5% para suprir a perda de seus salários com a inflação elevada dos últimos meses devido principalmente à alta dos alimentos, especialmente a carne que chegou a subir 16% ao consumidor. O apelo aos empresários é de Rinaldo Salomão(foto), presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins de Campo Grande a Três Lagoas e Região.

Segundo ele, a data base dos trabalhadores nas indústrias de carnes e derivados é fevereiro de 2011 e dos demais trabalhadores, de outras indústrias de alimentação (bolachas, biscoitos, bebidas, refrigerantes, ração...) é abril. “Estamos pedindo à classe patronal para que se sensibilizem com os empregados nesse período de final de ano e antecipem uma parte do aumento que terão em 2011, para que seus vencimentos tenham maior poder de compra”, justificou.

Rinaldo Salomão criticou os números oficiais do governo relativos à inflação. “O governo tem forçado para baixo os números da inflação. Nós, consumidores, não temos dúvida de que a inflação hoje em Mato Grosso do Sul e no Brasil gira em torno de 13 a 17%”, criticou Rinaldo.

O sindicalista espera que os trabalhadores em frigoríficos e nas demais indústrias de alimentação do Estado recebam este pelo menos 5% de adiantamento salarial. “No ano que vem, quando negociarmos a nova Convenção Coletiva de Trabalho, podemos retribuir essa demonstração de bom senso e sensibilidade da classe patronal”, comentou Rinaldo Salomão.

Esse adiantamento salarial, segundo Rinaldo, vai servir também para os trabalhadores bancarem no início do ano com algumas despesas extras como o IPTU, IPVA e material e matrículas escolares, entre outras. “Esses fatos também justificam a antecipação salarial”, argumentou.

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